Quinta Essência - O Sorriso das Mulheres (Opinião)

Nicolas Barreau





O romance mais encantador da temporada













Para Aurélie Bredin, as coincidências não existem. Jovem, sensível e atraente, é a proprietária de um pequeno e romântico restaurante, Le Temps des Cerises, situado no coração de Paris, a dois passos do Boulevard Saint-Germain. 
Naquele pequeno restaurante forrado a madeira, com toalhas aos quadradinhos vermelhos e brancos, o seu pai conquistou o coração da sua mãe graças ao menu d’amour. E foi ali, rodeada pelo aroma do chocolate e da canela, que Aurélie cresceu e onde encontra consolo nos momentos difíceis da sua vida. 
Mas agora, magoada pelo abandono de Claude, nem sequer a calidez acolhedora da cozinha é capaz de consolá-la.Uma tarde, mais triste que nunca, Aurélie refugia-se numa livraria. Um romance, O Sorriso das Mulheres, chama a sua atenção. Quando o folheia, descobre que a protagonista é inspirada nela e que Le Temps des Cerises é um dos cenários principais. 
Graças a esta prenda inesperada, volta a sentir-se animada. Decide entrar em contacto com o autor, Robert Miller, para lhe agradecer. Mas isso não é fácil. Qualquer tentativa de conhecer o escritor – um misterioso e esquivo inglês – morre na secretária de André Chabanais, o editor que publicou o romance. 
Porém, Aurélie não desiste e quando um dia surge efectivamente uma carta do autor na sua caixa de correio, acaba por daí resultar um encontro bem diferente daquele que tinha imaginado...


Opinião 
Confesso que tinha algumas expectativas em relação a este livro. E estas não foram, de todo, alcançadas. Para além do muito (e bem) que ouvi falar, o selo da capa promete deixar-nos feliz!
Ora, esta foi uma leitura que não me deixou assim tãoooo feliz.
Pareceu-me um romance "morno" e até bastante previsível, sem grandes acontecimentos de realce. Também não senti uma grande empatia para com Aurélie Brédin, uma leitora obcecada por um autor misterioso e que por vezes parece ser bastante antipática. Surpreendemente senti uma maior simpatia para com André Chabanais, o verdadeiro autor do livro, reservado mas romântico. Mas a minha personagem preferida foi sem dúvida o dentista inglês que me proporcionou autênticos momentos de riso.
Não é realmente um mau livro e, talvez, seja isso o pior pois podia ser melhor explorado. Com um argumento original, deparamos-se com um romance doce mas cheio de mentiras, enganos e reconciliações. Com um enredo interessante bem que podia ter mais intensidade. Paris é, afinal, a capital do romance e da paixão.
Foi com ansiedade que virei cada página na expectativa de que o romance se "desenrolasse", ganhasse vida e me cativasse. No entanto, tive apenas um pequeno vislumbre do que poderia ter sido um excelente romance nas últimas páginas do livro.

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