«Triunfante... o seu uso de detalhes históricos e
uma verdadeira história de amor adulta confirmam Gabaldon como uma escritora de qualidade superior.»
Publishers Weekly
«Estava morto. No entanto, o seu nariz palpitava dolorosamente, coisa
que lhe era estranha, dadas as circunstâncias.»
Assim começa o terceiro livro da série Outlander, em que ficamos a saber
que, afinal, Jamie Fraser não morreu no campo de batalha de Culloden.
De volta ao século xx, Claire fica em choque com a notícia de que Jamie
está vivo, mas, muito mais que isso, fica radiante. Ouvimos a história
de Jamie, como ele mudou, tentando alcançar uma vida a partir dos
pedaços da sua alma e do país que deixou para trás, e o breve relato de
Claire sobre os 20 anos que passaram desde que o deixou em Culloden,
enquanto Roger MacKenzie e Brianna, filhos de Claire e Jamie, se
aproximam das pistas do passado, numa busca incessante por Jamie Fraser.
Será que o podem encontrar? E se o conseguirem, Claire voltará para
ele? E se ela o fizer… o que se sucederá?
Dos fantasmas de Samhain nas
terras altas da Escócia para as ruas e bordéis de Edimburgo, do mar
turbulento e das aventuras nas Índias Ocidentais, percorremos páginas de
história repletas de revolta, assassínio, vodo, fetiches, sequestros, e
um sem-número de inúmeras aventuras.Por detrás de todas elas, porém,
jaz a questão de Jamie:
«Quereis vós levar-me, Sassenach? E arriscar o homem que sou em prol do
homem que era?»
Excerto:
«Quando
eu era pequena nunca queria pisar em poças.(...) Isto porque não acreditava que aquele espelho liso era apenas um pequeno espaço
de água sobre a terra sólida. Estava convencida de que era uma porta
para algum espaço insondável. Às vezes, ao ver as pequenas ondas
provocadas pela minha proximidade, pensava que a poça era profunda, um
mar sem fundo onde se ocultavam a preguiçosa espiral do tentáculo e o
brilho da escama, com a ameaça de enormes corpos e dentes agudos à
deriva nas remotas profundidades.
E
então, baixando os olhos para o reflexo, via a minha própria cara redonda e o
meu cabelo encaracolado numa extensão azul sem contornos, e pensava que a
poça era a entrada para outro céu. Se pisasse, cairia de imediato e continuaria a
cair, mais e mais, no espaço azul. (...)
Ainda
agora, quando vejo uma poça no caminho, a minha mente detém-se (ainda
que os meus pés não o façam) e depois segue o seu trajeto, deixando para trás apenas
o eco do pensamento: E se esta vez eu cair?»
Opinião:
Diana Gabaldon leva-nos, novamente, por uma longa viagem. E que maravilhosa viagem! :)
Apesar de normalmente os livros grandes assustarem os leitores (este tem mais de 800 páginas!) este não deverá ser o caso. E é sempre com alguma expectativa que espero mais o lançamento de num livro desta série.
Neste terceiro volume da série Outlander, Diana Gabaldon continua o seu relato e mostra-nos o que aconteceu a Jamie após a fatídica Batalha de Culloden. Afinal Jamie Fraser não morreu e Claire tem ainda a hipótese de regressar ao passado e reencontrar-se com o seu amado.
Seria de esperar que finalmente Claire e Jamie pudessem ter um final feliz. Mas com Diana Gabaldon, nunca nada é tão simples.
Claire e Jamie estiveram afastamos por mais de 20 anos. Em épocas diferentes. Muitas coisas sucederam nesses vinte anos e ambos mudaram. Mas o amor entre ambos permanece, talvez até mais forte, intensificado pela ausência e pela saudade.
Ao longo destas mais de 800 páginas, Gabaldon, com a sua escrita de mestre,conduz-nos por uma viagem vertiginosa (e por uma leitura voraz) em que o casal passa por sucessivas aventuras, desaires, encontros inesperados, desencontros, romance, paixão e algumas (e boas) gargalhadas.
Este é muito provavelmente o meu livro preferido da série (até ao momento, claro). Talvez por ser um livro cheio de acção, que nos faz virar as páginas, a um ritmo alucinante, na tentativa de descobrir o que se irá suceder a seguir.
É também um livro que aborda temas tão variados como o tráfico de bebidas alcoólicas, os usos e costumes asiáticos, as viagens marítimas, a medicina no século XVIII, a escravatura e o misterioso folclore Jamaicamo.
É também notável a habilidade da autora em integrar personagens, de uns livros para os outros, do passado para o futuro. E em conciliar todas essas coisas com momentos históricos tão conhecidos a nós leitores, fazendo as suas histórias ganhar vida e tornarem-se quase reais.
Seria de esperar que um livro tão longo, repleto de factos históricos e centrado na história de amor entre Claire e Jamie, a determinado ponto se tornasse aborrecido. Nada mais longe da verdade. Diana Gabaldon apresenta-nos sempre novas e caricatas personagens que vão dando uma lufada de ar fresco à história, outras são repescadas dos volumes anteriores. Algumas dúvidas são esclarecidas e outras surgem, como de um enigmático novelo se tratasse, deixando sempre os leitores curiosos acerca do que se irá passar a seguir. Quais serão as futuras aventuras de Claire e Jamie?
Agora, resta-me esperar por mais um volumes desta maravilhosa série que, espero, não demore.
Apesar de normalmente os livros grandes assustarem os leitores (este tem mais de 800 páginas!) este não deverá ser o caso. E é sempre com alguma expectativa que espero mais o lançamento de num livro desta série.
Neste terceiro volume da série Outlander, Diana Gabaldon continua o seu relato e mostra-nos o que aconteceu a Jamie após a fatídica Batalha de Culloden. Afinal Jamie Fraser não morreu e Claire tem ainda a hipótese de regressar ao passado e reencontrar-se com o seu amado.
Seria de esperar que finalmente Claire e Jamie pudessem ter um final feliz. Mas com Diana Gabaldon, nunca nada é tão simples.
Claire e Jamie estiveram afastamos por mais de 20 anos. Em épocas diferentes. Muitas coisas sucederam nesses vinte anos e ambos mudaram. Mas o amor entre ambos permanece, talvez até mais forte, intensificado pela ausência e pela saudade.
Ao longo destas mais de 800 páginas, Gabaldon, com a sua escrita de mestre,conduz-nos por uma viagem vertiginosa (e por uma leitura voraz) em que o casal passa por sucessivas aventuras, desaires, encontros inesperados, desencontros, romance, paixão e algumas (e boas) gargalhadas.
Este é muito provavelmente o meu livro preferido da série (até ao momento, claro). Talvez por ser um livro cheio de acção, que nos faz virar as páginas, a um ritmo alucinante, na tentativa de descobrir o que se irá suceder a seguir.
É também um livro que aborda temas tão variados como o tráfico de bebidas alcoólicas, os usos e costumes asiáticos, as viagens marítimas, a medicina no século XVIII, a escravatura e o misterioso folclore Jamaicamo.
É também notável a habilidade da autora em integrar personagens, de uns livros para os outros, do passado para o futuro. E em conciliar todas essas coisas com momentos históricos tão conhecidos a nós leitores, fazendo as suas histórias ganhar vida e tornarem-se quase reais.
Seria de esperar que um livro tão longo, repleto de factos históricos e centrado na história de amor entre Claire e Jamie, a determinado ponto se tornasse aborrecido. Nada mais longe da verdade. Diana Gabaldon apresenta-nos sempre novas e caricatas personagens que vão dando uma lufada de ar fresco à história, outras são repescadas dos volumes anteriores. Algumas dúvidas são esclarecidas e outras surgem, como de um enigmático novelo se tratasse, deixando sempre os leitores curiosos acerca do que se irá passar a seguir. Quais serão as futuras aventuras de Claire e Jamie?
Agora, resta-me esperar por mais um volumes desta maravilhosa série que, espero, não demore.
Adorei a opinião. Esta série é brutal. Jamie e Claire são dois protagonistas inesquecíveis.
ResponderEliminarSe gostas da Gabaldon provavelmente irias adorar a Florencia Bonelli (se é que não a conheces já). Sugeria começares pela história O Quarto Arcano (volume I- O anjo negro; volume II - O porto das tormentas). Tem muitos ingredientes parecidos com a Gabaldon (mas ainda mais erotismo).