Dispersões
«Caminhais em direcção da solidão. Eu, não, eu tenho os livros.» Marguerite Duras
Quinta Essência - Sapatinhos de Chocolate (Opinião)
Trisha Ashley
«Um livro delicioso, terno e cheio de humor.»
Sophie Kinsella
Esqueça os Jimmy Choos, "Sapatinhos de Chocolate" é o único acessório de
que vai precisar na próxima estação...
Tansy sonhava com um belo futuro junto de Justin. Mas quando uma
revelação inesperada a faz confrontar a amarga verdade sobre o homem que
ama, decide deixar imediatamente Londres e regressar à pequena aldeia
de Sticklepond. As doces atenções da carinhosa tia Nan e a amizade de
Bella são um bálsamo para o seu coração destroçado. Com um entusiasmo
que já não pensava ter, Tansy lança-se na realização de um projeto há
muito desejado. Assim nasce a Cinderella’s Slippers, uma loja de sapatos
realmente muito especial. Se ao menos a sua vida amorosa a fizesse tão
feliz!
Opinião
Este
é o livro ideal para ler numa tarde de chuva. E foi disso mesmo que se
tratou. Uma tarde de leitura bem acompanhada por uma chávena de chá bem
quente.
É um romance doce, leve e despretensioso, ideal para entreter os corações românticos por umas quantas horas.
Este foi o primeiro livro que li de Trisha Ashley mas deu para perceber que esta história é a continuação de uma série de histórias de amor que tem "assaltado" a pequena aldeia de Sticklepond. E, pelo que nos é dado a crer, resultam num constante repicar dos sinos da Igreja e em um aumento da natalidade.
Com um enredo típico, de noiva traída e meias-irmãs odiosas, este livro faz recordar o conto infantil da Cinderela. Até porque tudo gira à roda da loja de Sapatos de noiva "Cinderella Slippers".
Gostei do facto da história se passar numa típica aldeia inglesa, com os seus costumes, personagens únicas e um leve travo a magia.
Tal como a protagonista, Tansy, gosto muito de cozinhar, especialmente comida de forno mas não posso dizer que tenha simpatizado muito com ela. Faltava-lhe fibra e determinação tanto para pôr um basta ao ex-noivo insistente como às intrigas das meias-irmãs. Ivo Hawksley é um homem atormentado e misterioso mas a sua personagem podia ter sido melhor desenvolvida.
Este livro tem também um componente de mistério. A tia-avó de Tansy decide deixar gravações das suas memórias nas quais revela um antigo segredo da família. À medida que vamos lendo, deparamos-se com excertos das memórias da tia Nan, histórias do dia a dia, pequenos mexericos e até receitas de culinária. Algumas pistas acerca do segredo vão sendo reveladas mas, felizmente, a autora decide surpreender os leitores e, afinal, nada é aquilo que parece!
Ainda que adore sapatos tenho pena que a autora tenha desenvolvido tanto esse tema em detrimento do romance. Este podia ter sido melhor explorado, tanto no romance dos protagonistas como no da melhor amiga de Tansy, Bella. São quase 400 páginas e só nas últimas 40 se desenvolve realmente o romance dos protagonistas. É caso para dizer: menos sapatos e menos Macacos Chinelo e mais ação!
Fiquei curiosa acerca de alguns casalinhos cuja história, suponho, façam parte dos livros anteriores da autora.
É um romance doce, leve e despretensioso, ideal para entreter os corações românticos por umas quantas horas.
Este foi o primeiro livro que li de Trisha Ashley mas deu para perceber que esta história é a continuação de uma série de histórias de amor que tem "assaltado" a pequena aldeia de Sticklepond. E, pelo que nos é dado a crer, resultam num constante repicar dos sinos da Igreja e em um aumento da natalidade.
Com um enredo típico, de noiva traída e meias-irmãs odiosas, este livro faz recordar o conto infantil da Cinderela. Até porque tudo gira à roda da loja de Sapatos de noiva "Cinderella Slippers".
Gostei do facto da história se passar numa típica aldeia inglesa, com os seus costumes, personagens únicas e um leve travo a magia.
Tal como a protagonista, Tansy, gosto muito de cozinhar, especialmente comida de forno mas não posso dizer que tenha simpatizado muito com ela. Faltava-lhe fibra e determinação tanto para pôr um basta ao ex-noivo insistente como às intrigas das meias-irmãs. Ivo Hawksley é um homem atormentado e misterioso mas a sua personagem podia ter sido melhor desenvolvida.
Este livro tem também um componente de mistério. A tia-avó de Tansy decide deixar gravações das suas memórias nas quais revela um antigo segredo da família. À medida que vamos lendo, deparamos-se com excertos das memórias da tia Nan, histórias do dia a dia, pequenos mexericos e até receitas de culinária. Algumas pistas acerca do segredo vão sendo reveladas mas, felizmente, a autora decide surpreender os leitores e, afinal, nada é aquilo que parece!
Ainda que adore sapatos tenho pena que a autora tenha desenvolvido tanto esse tema em detrimento do romance. Este podia ter sido melhor explorado, tanto no romance dos protagonistas como no da melhor amiga de Tansy, Bella. São quase 400 páginas e só nas últimas 40 se desenvolve realmente o romance dos protagonistas. É caso para dizer: menos sapatos e menos Macacos Chinelo e mais ação!
Fiquei curiosa acerca de alguns casalinhos cuja história, suponho, façam parte dos livros anteriores da autora.
Casa Das Letras - Outlander - A Viajante (Opinião)
Diana Gabaldon
«Triunfante... o seu uso de detalhes históricos e
uma verdadeira história de amor adulta confirmam Gabaldon como uma escritora de qualidade superior.»
Publishers Weekly
«Estava morto. No entanto, o seu nariz palpitava dolorosamente, coisa
que lhe era estranha, dadas as circunstâncias.»
Assim começa o terceiro livro da série Outlander, em que ficamos a saber
que, afinal, Jamie Fraser não morreu no campo de batalha de Culloden.
De volta ao século xx, Claire fica em choque com a notícia de que Jamie
está vivo, mas, muito mais que isso, fica radiante. Ouvimos a história
de Jamie, como ele mudou, tentando alcançar uma vida a partir dos
pedaços da sua alma e do país que deixou para trás, e o breve relato de
Claire sobre os 20 anos que passaram desde que o deixou em Culloden,
enquanto Roger MacKenzie e Brianna, filhos de Claire e Jamie, se
aproximam das pistas do passado, numa busca incessante por Jamie Fraser.
Será que o podem encontrar? E se o conseguirem, Claire voltará para
ele? E se ela o fizer… o que se sucederá?
Dos fantasmas de Samhain nas
terras altas da Escócia para as ruas e bordéis de Edimburgo, do mar
turbulento e das aventuras nas Índias Ocidentais, percorremos páginas de
história repletas de revolta, assassínio, vodo, fetiches, sequestros, e
um sem-número de inúmeras aventuras.Por detrás de todas elas, porém,
jaz a questão de Jamie:
«Quereis vós levar-me, Sassenach? E arriscar o homem que sou em prol do
homem que era?»
Excerto:
«Quando
eu era pequena nunca queria pisar em poças.(...) Isto porque não acreditava que aquele espelho liso era apenas um pequeno espaço
de água sobre a terra sólida. Estava convencida de que era uma porta
para algum espaço insondável. Às vezes, ao ver as pequenas ondas
provocadas pela minha proximidade, pensava que a poça era profunda, um
mar sem fundo onde se ocultavam a preguiçosa espiral do tentáculo e o
brilho da escama, com a ameaça de enormes corpos e dentes agudos à
deriva nas remotas profundidades.
E
então, baixando os olhos para o reflexo, via a minha própria cara redonda e o
meu cabelo encaracolado numa extensão azul sem contornos, e pensava que a
poça era a entrada para outro céu. Se pisasse, cairia de imediato e continuaria a
cair, mais e mais, no espaço azul. (...)
Ainda
agora, quando vejo uma poça no caminho, a minha mente detém-se (ainda
que os meus pés não o façam) e depois segue o seu trajeto, deixando para trás apenas
o eco do pensamento: E se esta vez eu cair?»
Opinião:
Diana Gabaldon leva-nos, novamente, por uma longa viagem. E que maravilhosa viagem! :)
Apesar de normalmente os livros grandes assustarem os leitores (este tem mais de 800 páginas!) este não deverá ser o caso. E é sempre com alguma expectativa que espero mais o lançamento de num livro desta série.
Neste terceiro volume da série Outlander, Diana Gabaldon continua o seu relato e mostra-nos o que aconteceu a Jamie após a fatídica Batalha de Culloden. Afinal Jamie Fraser não morreu e Claire tem ainda a hipótese de regressar ao passado e reencontrar-se com o seu amado.
Seria de esperar que finalmente Claire e Jamie pudessem ter um final feliz. Mas com Diana Gabaldon, nunca nada é tão simples.
Claire e Jamie estiveram afastamos por mais de 20 anos. Em épocas diferentes. Muitas coisas sucederam nesses vinte anos e ambos mudaram. Mas o amor entre ambos permanece, talvez até mais forte, intensificado pela ausência e pela saudade.
Ao longo destas mais de 800 páginas, Gabaldon, com a sua escrita de mestre,conduz-nos por uma viagem vertiginosa (e por uma leitura voraz) em que o casal passa por sucessivas aventuras, desaires, encontros inesperados, desencontros, romance, paixão e algumas (e boas) gargalhadas.
Este é muito provavelmente o meu livro preferido da série (até ao momento, claro). Talvez por ser um livro cheio de acção, que nos faz virar as páginas, a um ritmo alucinante, na tentativa de descobrir o que se irá suceder a seguir.
É também um livro que aborda temas tão variados como o tráfico de bebidas alcoólicas, os usos e costumes asiáticos, as viagens marítimas, a medicina no século XVIII, a escravatura e o misterioso folclore Jamaicamo.
É também notável a habilidade da autora em integrar personagens, de uns livros para os outros, do passado para o futuro. E em conciliar todas essas coisas com momentos históricos tão conhecidos a nós leitores, fazendo as suas histórias ganhar vida e tornarem-se quase reais.
Seria de esperar que um livro tão longo, repleto de factos históricos e centrado na história de amor entre Claire e Jamie, a determinado ponto se tornasse aborrecido. Nada mais longe da verdade. Diana Gabaldon apresenta-nos sempre novas e caricatas personagens que vão dando uma lufada de ar fresco à história, outras são repescadas dos volumes anteriores. Algumas dúvidas são esclarecidas e outras surgem, como de um enigmático novelo se tratasse, deixando sempre os leitores curiosos acerca do que se irá passar a seguir. Quais serão as futuras aventuras de Claire e Jamie?
Agora, resta-me esperar por mais um volumes desta maravilhosa série que, espero, não demore.
Apesar de normalmente os livros grandes assustarem os leitores (este tem mais de 800 páginas!) este não deverá ser o caso. E é sempre com alguma expectativa que espero mais o lançamento de num livro desta série.
Neste terceiro volume da série Outlander, Diana Gabaldon continua o seu relato e mostra-nos o que aconteceu a Jamie após a fatídica Batalha de Culloden. Afinal Jamie Fraser não morreu e Claire tem ainda a hipótese de regressar ao passado e reencontrar-se com o seu amado.
Seria de esperar que finalmente Claire e Jamie pudessem ter um final feliz. Mas com Diana Gabaldon, nunca nada é tão simples.
Claire e Jamie estiveram afastamos por mais de 20 anos. Em épocas diferentes. Muitas coisas sucederam nesses vinte anos e ambos mudaram. Mas o amor entre ambos permanece, talvez até mais forte, intensificado pela ausência e pela saudade.
Ao longo destas mais de 800 páginas, Gabaldon, com a sua escrita de mestre,conduz-nos por uma viagem vertiginosa (e por uma leitura voraz) em que o casal passa por sucessivas aventuras, desaires, encontros inesperados, desencontros, romance, paixão e algumas (e boas) gargalhadas.
Este é muito provavelmente o meu livro preferido da série (até ao momento, claro). Talvez por ser um livro cheio de acção, que nos faz virar as páginas, a um ritmo alucinante, na tentativa de descobrir o que se irá suceder a seguir.
É também um livro que aborda temas tão variados como o tráfico de bebidas alcoólicas, os usos e costumes asiáticos, as viagens marítimas, a medicina no século XVIII, a escravatura e o misterioso folclore Jamaicamo.
É também notável a habilidade da autora em integrar personagens, de uns livros para os outros, do passado para o futuro. E em conciliar todas essas coisas com momentos históricos tão conhecidos a nós leitores, fazendo as suas histórias ganhar vida e tornarem-se quase reais.
Seria de esperar que um livro tão longo, repleto de factos históricos e centrado na história de amor entre Claire e Jamie, a determinado ponto se tornasse aborrecido. Nada mais longe da verdade. Diana Gabaldon apresenta-nos sempre novas e caricatas personagens que vão dando uma lufada de ar fresco à história, outras são repescadas dos volumes anteriores. Algumas dúvidas são esclarecidas e outras surgem, como de um enigmático novelo se tratasse, deixando sempre os leitores curiosos acerca do que se irá passar a seguir. Quais serão as futuras aventuras de Claire e Jamie?
Agora, resta-me esperar por mais um volumes desta maravilhosa série que, espero, não demore.
Chá das Cinco - Do Fundo do Coração (Opinião)
Nora Roberts
Três histórias apaixonantes e encantadoras que confirmam Nora Roberts como a autora romântica mais lida e premiada da actualidade.
No início da sua carreira, Nora Roberts escreveu três histórias inspiradoras que a tornaram conhecida como uma das vozes mais românticas da actualidade.
Nesta colectânea apresentamos:
Uma Última Noite, a história de Kasey, uma antropóloga que conhece Jordan, um escritor a fazer pesquisa para o seu próximo romance. Kasey e Jordan terão que lidar não só com os sentimentos que nutrem um pelo outro, mas com a sobrinha de Jordan, uma órfã solitária.
Em Uma Questão de Escolha, o polícia James Sladerman tem a missão de investigar a loja de antiguidades de Jessica Winslow, onde existe a suspeita de roubo e tráfico de objectos de grande valor. O que Sladerman não esperava era sentir uma atracção cada vez mais forte pela mulher que tem de proteger a todo o custo.
Em Fins e Recomeços, Liv é uma jornalista de Washington que trabalha para o jornal local enquanto Thorpe é repórter num dos maiores diários nacionais. O trabalho que partilham torna apenas mais forte a química entre ambos, mas Liv já foi magoada no passado e não deseja voltar a render-se a nenhum homem. O que ela não descobriu ainda é que Thorpe não aceitará um não como resposta.
Uma Última Noite, a história de Kasey, uma antropóloga que conhece Jordan, um escritor a fazer pesquisa para o seu próximo romance. Kasey e Jordan terão que lidar não só com os sentimentos que nutrem um pelo outro, mas com a sobrinha de Jordan, uma órfã solitária.
Em Uma Questão de Escolha, o polícia James Sladerman tem a missão de investigar a loja de antiguidades de Jessica Winslow, onde existe a suspeita de roubo e tráfico de objectos de grande valor. O que Sladerman não esperava era sentir uma atracção cada vez mais forte pela mulher que tem de proteger a todo o custo.
Em Fins e Recomeços, Liv é uma jornalista de Washington que trabalha para o jornal local enquanto Thorpe é repórter num dos maiores diários nacionais. O trabalho que partilham torna apenas mais forte a química entre ambos, mas Liv já foi magoada no passado e não deseja voltar a render-se a nenhum homem. O que ela não descobriu ainda é que Thorpe não aceitará um não como resposta.
Opinião
Mais um livro, mais Nora Roberts. E desta vez não se trata de um romance, mas sim de uma colectânea de três!
Nora Roberts é uma contadora de histórias por excelência que tem o dom de envolver os seus leitores nos romances que escreve. É impossível ler um livro seu sem imaginar, nos mais precisos detalhes, o ambiente e as personagens que nos descreve. E este não foi excepção.
Ao longo de quase 500 páginas, Nora apresenta-nos três romances distintos mas há algo que todos têm bem presente: a força do amor enquanto cura. Há neste livro uma frase que, julgo, diz tudo: “Ser-se amado é fácil. Amar é que é difícil”.
Tendo lido já mais de 30 livros desta autora é fácil perceber que estes livros fazem parte do princípio da sua carreira. Não que sejam de fraca qualidade ou que não saibam prender os leitores mas porque a escritora poderia ter desenvolvido melhor as histórias. Mas aí já não seriam contos mas sim romances de grande envergadura como aqueles a que Nora já nos habituou.
Em relação às histórias não vou entrar em grandes detalhes.
São todas bastante interessantes, cheias de mistério, romance, sensualidade e, claro, terminam com um final feliz.
Nora Roberts consegue, como poucos, criar pares românticos com grande empatia, casais fluídos e com muita química. Por vezes, como acontece nesta colectânea, os casais parecem ter personalidades opostas. Mas, e como diz o ditado popular, a autora prova-nos que os opostos, afinal, atraem-se. E é nos "embates" entre os protagonistas que surgem momentos de grande humor que nos arrancam gargalhadas até nos fazer doer a barriga.
A apontar tenho apenas a dizer que gostaria que a última história "Fins e Recomeços" tivesse um final menos apressado e melhor desenvolvido.
Nora Roberts é uma contadora de histórias por excelência que tem o dom de envolver os seus leitores nos romances que escreve. É impossível ler um livro seu sem imaginar, nos mais precisos detalhes, o ambiente e as personagens que nos descreve. E este não foi excepção.
Ao longo de quase 500 páginas, Nora apresenta-nos três romances distintos mas há algo que todos têm bem presente: a força do amor enquanto cura. Há neste livro uma frase que, julgo, diz tudo: “Ser-se amado é fácil. Amar é que é difícil”.
Tendo lido já mais de 30 livros desta autora é fácil perceber que estes livros fazem parte do princípio da sua carreira. Não que sejam de fraca qualidade ou que não saibam prender os leitores mas porque a escritora poderia ter desenvolvido melhor as histórias. Mas aí já não seriam contos mas sim romances de grande envergadura como aqueles a que Nora já nos habituou.
Em relação às histórias não vou entrar em grandes detalhes.
São todas bastante interessantes, cheias de mistério, romance, sensualidade e, claro, terminam com um final feliz.
Nora Roberts consegue, como poucos, criar pares românticos com grande empatia, casais fluídos e com muita química. Por vezes, como acontece nesta colectânea, os casais parecem ter personalidades opostas. Mas, e como diz o ditado popular, a autora prova-nos que os opostos, afinal, atraem-se. E é nos "embates" entre os protagonistas que surgem momentos de grande humor que nos arrancam gargalhadas até nos fazer doer a barriga.
A apontar tenho apenas a dizer que gostaria que a última história "Fins e Recomeços" tivesse um final menos apressado e melhor desenvolvido.
Quinta Essência - O Sorriso das Mulheres (Opinião)
Nicolas Barreau
Para Aurélie Bredin, as coincidências não existem. Jovem, sensível e atraente, é a proprietária de um pequeno e romântico restaurante, Le Temps des Cerises, situado no coração de Paris, a dois passos do Boulevard Saint-Germain.
O romance mais encantador da temporada
Para Aurélie Bredin, as coincidências não existem. Jovem, sensível e atraente, é a proprietária de um pequeno e romântico restaurante, Le Temps des Cerises, situado no coração de Paris, a dois passos do Boulevard Saint-Germain.
Naquele
pequeno restaurante forrado a madeira, com toalhas aos quadradinhos
vermelhos e brancos, o seu pai conquistou o coração da sua mãe graças ao
menu d’amour. E foi ali, rodeada pelo aroma do chocolate e da canela,
que Aurélie cresceu e onde encontra consolo nos momentos difíceis da sua
vida.
Mas agora, magoada pelo abandono de Claude, nem sequer a calidez
acolhedora da cozinha é capaz de consolá-la.Uma tarde, mais
triste que nunca, Aurélie refugia-se numa livraria. Um romance, O
Sorriso das Mulheres, chama a sua atenção. Quando o folheia, descobre
que a protagonista é inspirada nela e que Le Temps des Cerises é um dos
cenários principais.
Graças a esta prenda inesperada, volta a sentir-se
animada. Decide entrar em contacto com o autor, Robert Miller, para lhe
agradecer. Mas isso não é fácil. Qualquer tentativa de conhecer o
escritor – um misterioso e esquivo inglês – morre na secretária de André
Chabanais, o editor que publicou o romance.
Porém, Aurélie não desiste e
quando um dia surge efectivamente uma carta do autor na sua caixa de
correio, acaba por daí resultar um encontro bem diferente daquele que
tinha imaginado...
Opinião
Confesso
que tinha algumas expectativas em relação a este livro. E estas não
foram, de todo, alcançadas. Para além do muito (e bem) que ouvi falar, o
selo da capa promete deixar-nos feliz!
Ora, esta foi uma leitura que não me deixou assim tãoooo feliz.
Pareceu-me um romance "morno" e até bastante previsível, sem grandes acontecimentos de realce. Também não senti uma grande empatia para com Aurélie Brédin, uma leitora obcecada por um autor misterioso e que por vezes parece ser bastante antipática. Surpreendemente senti uma maior simpatia para com André Chabanais, o verdadeiro autor do livro, reservado mas romântico. Mas a minha personagem preferida foi sem dúvida o dentista inglês que me proporcionou autênticos momentos de riso.
Não é realmente um mau livro e, talvez, seja isso o pior pois podia ser melhor explorado. Com um argumento original, deparamos-se com um romance doce mas cheio de mentiras, enganos e reconciliações. Com um enredo interessante bem que podia ter mais intensidade. Paris é, afinal, a capital do romance e da paixão.
Foi com ansiedade que virei cada página na expectativa de que o romance se "desenrolasse", ganhasse vida e me cativasse. No entanto, tive apenas um pequeno vislumbre do que poderia ter sido um excelente romance nas últimas páginas do livro.
Ora, esta foi uma leitura que não me deixou assim tãoooo feliz.
Pareceu-me um romance "morno" e até bastante previsível, sem grandes acontecimentos de realce. Também não senti uma grande empatia para com Aurélie Brédin, uma leitora obcecada por um autor misterioso e que por vezes parece ser bastante antipática. Surpreendemente senti uma maior simpatia para com André Chabanais, o verdadeiro autor do livro, reservado mas romântico. Mas a minha personagem preferida foi sem dúvida o dentista inglês que me proporcionou autênticos momentos de riso.
Não é realmente um mau livro e, talvez, seja isso o pior pois podia ser melhor explorado. Com um argumento original, deparamos-se com um romance doce mas cheio de mentiras, enganos e reconciliações. Com um enredo interessante bem que podia ter mais intensidade. Paris é, afinal, a capital do romance e da paixão.
Foi com ansiedade que virei cada página na expectativa de que o romance se "desenrolasse", ganhasse vida e me cativasse. No entanto, tive apenas um pequeno vislumbre do que poderia ter sido um excelente romance nas últimas páginas do livro.
Chá Das Cinco - Felizes Para Sempre (Opinião)
Nora Roberts
Com a promessa de momentos inesquecíveis,
Nora Roberts partilha a viagem
emocional e mágica
de uma mulher rumo à paixão.
Enquanto relações públicas de uma empresa de organização de casamentos,
Parker Brown tem um talento excecional para realizar os sonhos das
noivas mais exigentes. Mas é incapaz de sonhar sobre o seu próprio
futuro.
O mecânico Malcolm Kavanaugh adora descobrir como funcionam as
coisas. E perceber os segredos de uma mulher complexa e deslumbrante
como Parker é um desafio.
Parker e Malcom, quando estão juntos, fazem
faísca. Mas ambos sabem que passar de um pequeno flirt a uma relação
séria é um passo muito importante. Os riscos que Parker correu nos
negócios sempre valeram a pena, mas arriscar o seu coração é algo que a
jovem não sabe se pode fazer... Felizmente, Malcom irá mostrar-lhe que a
vida é demasiado curta para não ser vivida ao máximo.
Opinião
E, finalmente, o último livro da série Quarteto de Noivas.
Este foi o livro pelo qual mais ansiei, a história que mais me intrigou.
Ao longo dos três livros anteriores foram deixadas várias pistas acerca do romance que se adivinhava entre a sofisticada Parker e o descontraído Mal. Entre ambos tudo parecia fazer faísca.
Não sei se eram as minhas expectativas que eram muito altas ou se a história apenas tomou um ritmo ligeiramente diferente do que esperei.
Infelizmente este romance pareceu-me mais disperso do que os anteriores, cheio de pormenores acerca de outras personagens, de mais casamentos perfeitos e finais felizes como o casamento da irmã de Carter. Esperava um romance mais cheio de detalhes, mais intenso. Não esperava que fosse Parker a primeira a dar o braço a torcer. Sempre achei que fosse Mal a seduzir Parker e a levá-la a capitular sem que a mesma desse conta. Esperava mais um jogo de gato e rato. Mas afinal que mulher pode resistir quando o homem de quem gosta lhe oferece um fabuloso par de sapatos?? :)
À parte de tudo isto, gostei de ver como duas pessoas aparentemente tão diferentes não só combinam mas encaixam mesmo bem. Ainda que vindos de mundos diferentes quando se ama nada disso importa. Física e emocionalmente Parker e Mal formam o casal perfeito e é muito interessante ver como funcionam em conjunto. Ambos amam o que fazem e usam o trabalho como um escape para os problemas pessoais. A insistente Parker que consegue tudo aquilo a que se propõe consegue fazer Mal abrir o coração e curá-lo das feridas do passado enquanto que o estilo descontraído dele fá-la relaxar e divertir-se esquecendo, ainda que por pouco tempo, do trabalho e das noivas chatas.
Fiel a si mesma Nora continua a destaca-se pela escrita sedutora que prende os seus leitores da primeira à última página. É simplesmente genial na maneira como cria algumas personagens e nos faz amá-las e odiá-las. A mãe de Mal e a famosa Sra. Grady são mulheres inspiradoras e uma mais valia em toda a série.
A amizade é a cola que une todos estes livros e estas personagens maravilhosas. Junto com o amor são os sentimentos mais poderosos que existem. Ao ler estes livros apercebi-me que sou uma das sortudas pois tenho amigas assim! Obrigada Nora por me lembrares disso! :)
Este foi o livro pelo qual mais ansiei, a história que mais me intrigou.
Ao longo dos três livros anteriores foram deixadas várias pistas acerca do romance que se adivinhava entre a sofisticada Parker e o descontraído Mal. Entre ambos tudo parecia fazer faísca.
Não sei se eram as minhas expectativas que eram muito altas ou se a história apenas tomou um ritmo ligeiramente diferente do que esperei.
Infelizmente este romance pareceu-me mais disperso do que os anteriores, cheio de pormenores acerca de outras personagens, de mais casamentos perfeitos e finais felizes como o casamento da irmã de Carter. Esperava um romance mais cheio de detalhes, mais intenso. Não esperava que fosse Parker a primeira a dar o braço a torcer. Sempre achei que fosse Mal a seduzir Parker e a levá-la a capitular sem que a mesma desse conta. Esperava mais um jogo de gato e rato. Mas afinal que mulher pode resistir quando o homem de quem gosta lhe oferece um fabuloso par de sapatos?? :)
À parte de tudo isto, gostei de ver como duas pessoas aparentemente tão diferentes não só combinam mas encaixam mesmo bem. Ainda que vindos de mundos diferentes quando se ama nada disso importa. Física e emocionalmente Parker e Mal formam o casal perfeito e é muito interessante ver como funcionam em conjunto. Ambos amam o que fazem e usam o trabalho como um escape para os problemas pessoais. A insistente Parker que consegue tudo aquilo a que se propõe consegue fazer Mal abrir o coração e curá-lo das feridas do passado enquanto que o estilo descontraído dele fá-la relaxar e divertir-se esquecendo, ainda que por pouco tempo, do trabalho e das noivas chatas.
Fiel a si mesma Nora continua a destaca-se pela escrita sedutora que prende os seus leitores da primeira à última página. É simplesmente genial na maneira como cria algumas personagens e nos faz amá-las e odiá-las. A mãe de Mal e a famosa Sra. Grady são mulheres inspiradoras e uma mais valia em toda a série.
A amizade é a cola que une todos estes livros e estas personagens maravilhosas. Junto com o amor são os sentimentos mais poderosos que existem. Ao ler estes livros apercebi-me que sou uma das sortudas pois tenho amigas assim! Obrigada Nora por me lembrares disso! :)
Saída de Emergência - As Serviçais (Opinião)
Kathryn Stockett
Há mais de dois anos nos tops
americanos, esta é uma história inesquecível
repleta de melancolia, humor e esperança.
Prepare-se para conhecer três mulheres inesquecíveis:
Skeeter
tem vinte e dois anos e acaba de regressar da universidade. Pode ter
uma licenciatura, mas estamos em 1962, no Mississípi, e a sua mãe só a
irá deixar em paz quando a vir com uma aliança no dedo. Provavelmente a
jovem encontraria conforto junto da sua adorada Constantine, a empregada
negra que a criou, mas esta foi embora e ninguém lhe diz para onde.
Aibileen
é uma empregada negra que criou dezassete crianças brancas. Mas desde
que o seu próprio filho morreu, algo mudou dentro de si. Quem a conhece
sabe que tem um grande coração e uma história ainda maior para contar.
Minny,
a melhor amiga de Aibileen, é a mulher com a língua mais afiada do
Mississípi. Cozinha divinamente, mas tem sérias dificuldades em manter o
emprego… até ao momento em que encontra uma nova e insólita patroa.
Estas
três personagens extraordinárias vão cruzar-se e iniciar um projeto
clandestino que as vai colocar a todas em perigo. E porquê? Porque estão
a sufocar com as barreiras que definem a sua cidade, o seu tempo e as
suas vidas.
Opinião
Este é um daqueles livros que não saem da nossa cabeça até os
lermos. Tanto ouvi falar sobre este livro, um estrondoso sucesso de
vendas nos EUA, que não podia deixar de o ler. As críticas positivas que
ouvi aliciaram-me mas, na verdade, foi um excerto do filme que
acidentalmente vi que me convenceu definitivamente.
Kathryn Stockett conseguiu o impensável: escrever um livro sobre o racismo nos EUA, após a abolição da escravatura, com um laivo de humor.
Talvez por isso este livro seja tão fácil de ler: nunca sabemos o que vamos encontrar no capítulo seguinte.
As três narradoras - Skeeter, Aibileen e Minny - revezam-se na aventura de nos contar como era viver no sul dos EUA, mais especificamente no estado do Mississipi, na década de 60.
Na sua tentativa de se tornar jornalista, Skeeter escreve um ousado e inédito livro no qual denuncia as injustiças, a violência e a perseguição. Cansadas da violência e das injustiças de que são vítimas e na esperança de um futuro melhor para os seus filhos, algumas criadas decidem colaborar com Skeeter. É um acto desesperado dado as consequências que tal acto pode desencadear. "Ninguém pode ser mais cruel que uma senhora branca" é um antigo ditado entre as criadas.
Ao longo das suas páginas encontramos sentimentos muito variados: amor,amizade, ódio, indiferença, mágoa, desilusão mas, sobretudo, vergonha.
Acho que podemos dizer que a autora Kathryn Stockett se revê no papel de Skeeter uma vez que, tal como a personagem, também teve uma ama negra que fazia parte da família sem, na realidade, o ser verdadeiramente.
As outras narradoras - Aibileen e Minny - são duas criadas negras cujas experiências de vida testemunham o racismo não só entre brancos e negros mas até mesmo dentro da sociedade negra.
Na sua recolha de relatos acerca de como era ser criada negra de uma família branca, Skeeter depara-se vários relatos. Na sua maioria são histórias tristes, marcadas por testemunhos de violência física mas, sobretudo, psicológica.
Mas há também histórias bonitas, de famílias brancas que, indiferentes à cor da pele, consideram as empregadas como membros da família, ou até amigas e confidentes. Claro que essas relações tinham de ser mantidas secretas pois havia graves punições para quem excedesse os limites raciais.
Ao longo dos relatos que ouve, Skeeter toma consciência do país onde vive, das desigualdades. Assistimos à sua toma de consciência e à formação de uma opinião e personalidade mais liberal e madura. À sua transformação de menina insegura e de baixa auto-estima para mulher determinada e independente, que não tem medo de se declarar anti-racista.
Mas este livro não é só feito de dramas e de histórias tristes. A autora dá-nos também momentos para rir até nos fazer doer a barriga como a Coisa Terrivelmente Feia (aka Tarte da Minny), ou a sua língua afiada. E momentos doces e ternos como os da Aibee e da Mae Mobley.
Conta-nos também a história de Celia Foote, a insólita nova patroa de Minny.
Com este livro Skeeter faz mais do que denunciar o racismo e as desigualdades. É também um livro de esperança. E nesse livro ela própria encontra a redenção, sua e da sua família, ao descobrir e contar a história da sua ama negra Constantine. E julgo que a autora encontra também a sua própria redenção ao escrever este romance.
Kathryn Stockett conseguiu o impensável: escrever um livro sobre o racismo nos EUA, após a abolição da escravatura, com um laivo de humor.
Talvez por isso este livro seja tão fácil de ler: nunca sabemos o que vamos encontrar no capítulo seguinte.
As três narradoras - Skeeter, Aibileen e Minny - revezam-se na aventura de nos contar como era viver no sul dos EUA, mais especificamente no estado do Mississipi, na década de 60.
Na sua tentativa de se tornar jornalista, Skeeter escreve um ousado e inédito livro no qual denuncia as injustiças, a violência e a perseguição. Cansadas da violência e das injustiças de que são vítimas e na esperança de um futuro melhor para os seus filhos, algumas criadas decidem colaborar com Skeeter. É um acto desesperado dado as consequências que tal acto pode desencadear. "Ninguém pode ser mais cruel que uma senhora branca" é um antigo ditado entre as criadas.
Ao longo das suas páginas encontramos sentimentos muito variados: amor,amizade, ódio, indiferença, mágoa, desilusão mas, sobretudo, vergonha.
Acho que podemos dizer que a autora Kathryn Stockett se revê no papel de Skeeter uma vez que, tal como a personagem, também teve uma ama negra que fazia parte da família sem, na realidade, o ser verdadeiramente.
As outras narradoras - Aibileen e Minny - são duas criadas negras cujas experiências de vida testemunham o racismo não só entre brancos e negros mas até mesmo dentro da sociedade negra.
Na sua recolha de relatos acerca de como era ser criada negra de uma família branca, Skeeter depara-se vários relatos. Na sua maioria são histórias tristes, marcadas por testemunhos de violência física mas, sobretudo, psicológica.
Mas há também histórias bonitas, de famílias brancas que, indiferentes à cor da pele, consideram as empregadas como membros da família, ou até amigas e confidentes. Claro que essas relações tinham de ser mantidas secretas pois havia graves punições para quem excedesse os limites raciais.
Ao longo dos relatos que ouve, Skeeter toma consciência do país onde vive, das desigualdades. Assistimos à sua toma de consciência e à formação de uma opinião e personalidade mais liberal e madura. À sua transformação de menina insegura e de baixa auto-estima para mulher determinada e independente, que não tem medo de se declarar anti-racista.
Mas este livro não é só feito de dramas e de histórias tristes. A autora dá-nos também momentos para rir até nos fazer doer a barriga como a Coisa Terrivelmente Feia (aka Tarte da Minny), ou a sua língua afiada. E momentos doces e ternos como os da Aibee e da Mae Mobley.
Conta-nos também a história de Celia Foote, a insólita nova patroa de Minny.
Com este livro Skeeter faz mais do que denunciar o racismo e as desigualdades. É também um livro de esperança. E nesse livro ela própria encontra a redenção, sua e da sua família, ao descobrir e contar a história da sua ama negra Constantine. E julgo que a autora encontra também a sua própria redenção ao escrever este romance.
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