O inglês Geoffrey Braithwaite atravessa o Canal da Mancha e dirige-se a Rouen, a terra natal de Gustave Flaubert.
A intenção é a de ver o papagaio embalsamado que serviu de modelo a Flaubert durante a escrita de um dos seus livros. Mas o que é apenas uma viagem transforma-se, lentamente, numa lição maravilhosa e genial sobre o autor de Madame Bovary — o seu talento indiscutível mas também os seus defeitos, manias, tiques insuportáveis, vaidades e medos —, sobre literatura, sobre o amor (entre ele mesmo e a sua mulher Helen, que morreu recentemente; entre Flaubert e Louise Colet), sobre o que falha e o que não tem sentido na vida, sobre os segredos que a rodeiam e lhe dão sentido.
Tudo para concluir que a vida verdadeira é a vida que vem nos livros. Porque é a única que se pode interrogar.
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