«Basil Hallward é aquilo que eu penso de mim; Lord Henry, o que o mundo
pensa de mim; Dorian é o que eu gostaria de ser noutra época, talvez.»
Esta afirmação de Oscar Wilde tem validado muitas das interpretações
autobiográficas que se fazem de O Retrato de Dorian Gray. Alguns
críticos, não satisfeitos com o desdobramento do autor nas três
principais personagens masculinas da obra, empenharam-se em lê-la como
um roman à clef. Lançaram-se numa caça aos originais de Dorian Gray e
Basil Hallward entre o círculo de amigos de Oscar Wilde, tomando o
romance por aquilo que Wilde explicitamente pretendia que não fosse: uma
imitação da vida
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