«Um belo romance, leve como uma pena... Um livro cativante escrito por um dos mais interessantes autores do mundo.»
Sunday Herald
Sunday Herald
Um jovem professor
primário, identificado apenas pela inicial «K», apaixona-se por Sumire,
uma jovem aspirante a escritora. Quando esta entabula uma relação
amorosa com Miu, uma enigmática mulher de meia-idade que a emprega como
secretária, K é relegado para o ingrato papel de confidente. Sumire,
porém, estando de férias numa ilha grega com a sua amante, desaparece
misteriosamente, e K é chamado para ajudar nas buscas. Um estranho
triângulo que oferece uma profunda reflexão sobre a solidão, os sonhos e
aspirações do indivíduo e a necessidade de os adaptar à realidade.
Excerto
"Na Primavera dos seus vinte e dois anos, Sumire apaixonou-se pela
primeira vez na vida. Foi um amor intenso como um tornado abatendo-se
sobre uma planície - capaz de tudo arrasar à sua passagem, atirando com
todas as coisas ao ar no seu turbilhão, fazendo-as em pequenos pedaços,
esmagando-as por completo. (...) A pessoa por quem Sumire se apaixonou,
além de ser casada, tinha mais dezassete anos do que ela. E, devo
acrescentar, era uma mulher (...) Foi a partir daqui que tudo começou, e
foi a partir daqui que (quase) tudo acabou."
Opinião
Há muito tempo que tenho este livro, na estante, há espera de uma
oportunidade. Não foi por falta de boas opiniões que, ao longo do tempo,
fui recebendo de amigos e conhecidos. No entanto, tenho sempre algum
receio em ler algo de um novo autor, sobretudo um tão aclamado como
Haruki Murakami. Considerado um dos favoritos para o Nobel de Literatura
deste ano, a curiosidade venceu e dediquei-me completamente a esta
leitura.
Confesso que foi uma agradável surpresa. O autor tem, pelo que me foi permitido perceber, uma escrita única que nos permite cheirar o aroma do mar ou o calor sufocante do verão grego. Idêntica mesmo à descrição que K faz da escrita de Sumire: que esta "possui a força viva da naturalidade".
Para além disso, Sputnik, Meu Amor é uma obra intensa, repleta de simbolismos que nos leva a reflectir e a transpor os dilemas das personagens para as nossas próprias vidas.
K, um misterioso professor primário, está apaixonado pela sua melhor amiga, Sumire, e acalenta a esperança de que esta ainda venha a amá-lo. Sumire é uma jovem empenhada em ser romancista e a sua paixão é completamente dedicada aos livros e à escrita. Até que conhece Miu, uma mulher casada e se apaixona por ela. Mas Miu não está disponível para corresponder a Sumire, ainda que goste muito desta. Os três estão assim unidos pelo triste destino de amar e não serem amados.
O misterioso desaparecimento de Sumire numa remota ilha grega leva K e Miu a reflectirem nas suas próprias vidas.
Enigmático do início ao fim, este livro conduz-nos a uma viagem pelas dúvidas, desejos, sonhos e medos que perseguem as três personagens e deixa-nos com um final cheio de possibilidades, cabendo-nos a nós, leitores, preencher as derradeiras linhas desta história.
Confesso que foi uma agradável surpresa. O autor tem, pelo que me foi permitido perceber, uma escrita única que nos permite cheirar o aroma do mar ou o calor sufocante do verão grego. Idêntica mesmo à descrição que K faz da escrita de Sumire: que esta "possui a força viva da naturalidade".
Para além disso, Sputnik, Meu Amor é uma obra intensa, repleta de simbolismos que nos leva a reflectir e a transpor os dilemas das personagens para as nossas próprias vidas.
K, um misterioso professor primário, está apaixonado pela sua melhor amiga, Sumire, e acalenta a esperança de que esta ainda venha a amá-lo. Sumire é uma jovem empenhada em ser romancista e a sua paixão é completamente dedicada aos livros e à escrita. Até que conhece Miu, uma mulher casada e se apaixona por ela. Mas Miu não está disponível para corresponder a Sumire, ainda que goste muito desta. Os três estão assim unidos pelo triste destino de amar e não serem amados.
O misterioso desaparecimento de Sumire numa remota ilha grega leva K e Miu a reflectirem nas suas próprias vidas.
Enigmático do início ao fim, este livro conduz-nos a uma viagem pelas dúvidas, desejos, sonhos e medos que perseguem as três personagens e deixa-nos com um final cheio de possibilidades, cabendo-nos a nós, leitores, preencher as derradeiras linhas desta história.
É de facto um livro "estranho" mas ao mesmo tempo magnético e com um final (em aberto)com um significado que pode variar consoante o leitor.
ResponderEliminarGostei bastante. Foi o único livro de Murakami que li, mas definitivamente, não será o último.
Já li vários livros dele e é exactamente o que disseste que me prende. Ele escreve de uma maneira tão poética que dá-me a sensação de ver e sentir tudo o que ele descreve. Os livros dele são assim estranhos, mas carregados de significado. O meu preferido dos que já li, Kafka à Beira-mar. Vale a pena leres. ;)
ResponderEliminarObrigada Leonor! :)
EliminarTenho o Kafka à Beira-Mar aqui na estante à espera de ser lido. A escrita de Murakami é, realmente, viciante e receio que ainda vou ler muitos livros deste autor. ;)