Assírio & Alvim - Novo "site"



Novo site Assírio & Alvim

Novidades, compras online e um poema por dia à distância de um clique!

Abriu hoje ao público o novo site da Assírio & Alvim, em www.assirio.pt.

 







 Nesta página, os leitores poderão inteirar-se das últimas novidades, consultar as notícias sobre a Assírio & Alvim, conhecer melhor os seus autores favoritos e adquirir comodamente os livros da editora. Para que a poesia possa preencher um pouco do seu quotidiano os visitantes poderão ainda consultar um poemário online, onde todos os dias será publicado um novo poema.
Parte integrante do Grupo Porto Editora desde 2012, a Assírio & Alvim continuará a contribuir para a disponibilização de um património literário riquíssimo, começando a publicar já este ano uma parte substancial da obra de Almeida Faria e dando início à coleção Obras de Eugénio de Andrade.
O catálogo da Assírio & Alvim, já com mais de mil títulos publicados, é eclético e reúne autores e obras de referência, da ficção ao ensaio, da literatura infantil às artes plásticas, da música à natureza, primando sempre pela qualidade das suas edições. É a editora de muitos dos maiores nomes da literatura nacional e a qualidade dos seus livros tem vindo a ser reconhecida através dos inúmeros prémios atribuídos aos seus autores e às suas traduções.
Visite-nos em www.assirio.pt


POEMA DO DIA
20 de Setembro de 2012
 
Louvor e Simplificação de Mário
Cesariny de Vasconcelos
Sobreviveste, Mário (como assim!) de Vasconcelos,
aos grilos da paróquia.
Entre os blocos de prédios cada vez mais enevoados,
conténs os teus sapatos, como outrora.

Não houve pão-de-ló, nem malvasia,

naquele piquenique no Rossio.
Houve um anão. (Os burros da Malveira
ficaram retidos na fronteira.)

E o anão, que era um trotador,

fez questão de saltar-te para o ombro.
Com a voz grilada pôs-se a gritar «É a Hora!»
Oh, Mário, e tu mandaste-o embora!

Murmurações, cricris acompanharam

o teu gesto nada paternal.
Finalmente os burros liberaram.
Num chouto desesperado aqui chegaram
e estão a comer o teu bornal.

Mário, faz mal?

 
Alexandre O’Neill (1924-1986)
Anos 70 — poemas dispersos
(edição de Maria Antónia Oliveira e Fernando Cabral Martins, prefácio de Vítor Silva Tavares, desenhos de Luis Manuel Gaspar)

Sem comentários:

Enviar um comentário