Lourenço Marques e Um Crime Capital regressam hoje às livrarias
Chegam hoje, dia 29 de outubro, às livrarias duas das mais marcantes obras de Francisco José Viegas, Lourenço Marques e Um Crime Capital, numa edição Porto Editora. A antiga cidade de Lourenço Marques e a cidade do Porto são cenários de eleição para o autor e servem de pano de fundo para a trama intensa dos dois romances.
Aclamado pela crítica nacional e internacional, Francisco José Viegas tem a sua obra publicada no Brasil, França, Itália, Alemanha e República Checa. A Porto Editora publicará o seu próximo romance, O Colecionador de Erva, no início de 2013.
Título:
Lourenço Marques
Autor:
Francisco José Viegas
Páginas:
208
PVP:
15,50 €
Esta é a história de um homem que sonhava com Lourenço Marques. Não com a
Lourenço Marques colonial e militar – apenas com «a cidade das acácias, a
pérola do Índico», a cidade onde amou pela primeira vez. Vinte e sete anos
depois de ter saído de Moçambique, ele regressa para procurar uma mulher, Maria
de Lurdes (aliás Sara): de Maputo a Pemba e a Nampula, da Ilha de Moçambique ao
Lago Niassa, essa busca transforma-se num discurso iniciático sobre a nostalgia
de África, o encontro com Deus, a felicidade, a aceitação, o arrependimento, o
amor que se perde e a vida que não se viveu. Ao longo dessa viagem encontra
Domingos Assor, um polícia que investiga o assassinato de Gustavo Madane, um
ex-combatente nacionalista caído em desgraça – e que tem visões, durante as
quais pensa ser um «rabino negro e perguntador», que confunde o monte sagrado
dos macuas, o Namuli, com o Sinai do deserto egípcio. Ouve as palavras do xehe
da mesquita da Ilha de Moçambique, que lhe recita, de trás para a frente, os
versículos do Corão. É tratado pelo último médico branco de Lichinga, no
Niassa, que ali aguarda a chegada da morte depois de ter sido abandonado pela
mulher e de saber que tem cancro. E recorda a Lourenço Marques dos anos setenta
como a metáfora dessa vida interrompida pela guerra e pela felicidade dos
outros.
Uma
história inquietante e perturbadora sobre a memória portuguesa de África, longe
da guerra e dos complexos de culpa coloniais.
Título:
Um Crime Capital
Autor:
Francisco José Viegas
Páginas:
200
PVP:
15,50 €
No
fantástico cenário do auditório ao ar livre da Fundação de Serralves, na cidade
do Porto, um homem e uma mulher são encontrados mortos depois de um concerto da
Capital Europeia da Cultura de 2001. Jaime Ramos, investigador da Polícia
Judiciária e personagem de vários livros do autor, regressa então às páginas de
um romance para se ocupar do caso, que no dia seguinte tem novo desenvolvimento
dramático – a morte de Illan Levan, um judeu brasileiro técnico de informática,
encontrado baleado numa tranquila rua dos subúrbios. Quatro dias depois, outro
cadáver, desta vez no cenário romântico do Cais das Pedras. No meio destes
crimes aparece entretanto um advogado do Rio de Janeiro, Mandrake, curiosamente
o mesmo nome da personagem do escritor brasileiro Rubem Fonseca, de quem
«parece» um clone. Um Crime Capital é um divertimento que não deixa de tocar o
mundo temático dos anteriores livros do autor: a proximidade da morte, o
difícil e perigoso universo das paixões, a ilusão do poder.
Cruzamento
de realidade com delírio, de ficção com não ficção, de uma escrita poética e
emocional com a maior frieza do género policial, Crime Capital é também uma
homenagem à cidade do Porto.O Autor
Francisco
José Viegas nasceu em 1962. Professor, jornalista e editor, foi também diretor
das revistas Ler e Grande Reportagem – e da Casa Fernando Pessoa. Colaborou em
vários jornais e revistas, e foi autor de vários programas na rádio (Antena Um)
e televisão (Livro Aberto, Escrita em Dia, Ler para Crer, Primeira Página,
Avenida Brasil, Prazeres, Um Café no Majestic, Nada de Cultura). Da sua obra
destacam-se livros de poesia (Metade da Vida, O Puro e o Impuro, Se Me
Comovesse o Amor) e os romances Regresso por um Rio, Morte no Estádio, As Duas
Águas do Mar, Um Céu Demasiado Azul, Um Crime na Exposição, Lourenço Marques,
Crime Capital, Longe de Manaus (que obteve o Grande Prémio de Romance e Novela,
de 2005, da Associação Portuguesa de Escritores) e O Mar em Casablanca.
IMPRENSA
Uma
língua tecida de ilhas e de céus, uma escrita solitária: um autor.
La
Croix
O
talento visionário de Viegas, capaz de páginas memoráveis e retratos poéticos
que nos deixam de boca aberta, evoca também o melhor de Wim Wenders.
L’Unità
Cenário
chuvoso e lento, quase metafísico. Uma grande parte do seu detetive é Álvaro de
Campos.
La
Repubblica
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