Uma saga épica de segredos, lutas de poder e paixões proibidas
Abarcando grande parte
do século XX, Rosas conta a história das poderosas famílias fundadoras
da cidade de Howbutker, no Texas, e de como as suas histórias
permaneceram entrelaçadas ao longo de três gerações.
Quando Mary Toliver, de dezasseis anos, herda do pai a plantação de algodão, surgem as primeiras sementes da discórdia. Ao tornar-se a nova dona de Somerset, Mary trai a mãe, Darla, e o irmão, Miles, e a dinastia Toliver nunca mais recupera. E quando Mary e o magnata da madeira, Percy Warwick, decidem não casar, embora loucamente apaixonados, esta decisão irá ter consequências tristes e trágicas, não só para eles, mas para as futuras gerações das suas famílias.
Com desenvoltura e mestria, na tradição clássica de Pássaros Feridos e ao estilo de E Tudo o Vento Levou, Leila Meacham oferece-nos um épico de três intrigantes gerações. Uma comovente história de amor, de luta e de sacrifícios com a nostalgia de um tempo em que a honra e as boas maneiras eram sempre a regra. Um livro para estimar e ler uma e outra vez.
Quando Mary Toliver, de dezasseis anos, herda do pai a plantação de algodão, surgem as primeiras sementes da discórdia. Ao tornar-se a nova dona de Somerset, Mary trai a mãe, Darla, e o irmão, Miles, e a dinastia Toliver nunca mais recupera. E quando Mary e o magnata da madeira, Percy Warwick, decidem não casar, embora loucamente apaixonados, esta decisão irá ter consequências tristes e trágicas, não só para eles, mas para as futuras gerações das suas famílias.
Com desenvoltura e mestria, na tradição clássica de Pássaros Feridos e ao estilo de E Tudo o Vento Levou, Leila Meacham oferece-nos um épico de três intrigantes gerações. Uma comovente história de amor, de luta e de sacrifícios com a nostalgia de um tempo em que a honra e as boas maneiras eram sempre a regra. Um livro para estimar e ler uma e outra vez.
Opinião
Uma grande história de amor e de amizade mas plena de desencontros e trágicos acontecimentos.
Antes de mais quero dizer que este é, para mim, o melhor romance lido este ano. Um livro que me transportou para dentro das suas páginas, para a América dos meados do século XX, onde quase senti o cheiro da chuva e o calor do sol numa plantação de algodão amaldiçoada. Um livro que não li rapidamente mas tão só e apenas porque os melhores livros merecem ser saboreados.
Na década de 1830, Silas Toliver, Jeremy Warwick e Henri DuMont partem para o Texas à procura de fazer a sua própria fortuna, fundando assim os seus prósperos negócios e, consequentemente, a cidade de Howbutker. No futuro, os seus descendentes manterão esses negócios mas também a amizade por eles iniciada juntamente com os compromissos por eles assumidos: nunca emprestarem dinheiro uns aos outros, sob condição alguma. Permanecerá também a lenda das rosas: uma rosa vermelha para pedir perdão, uma rosa branca para conceder perdão e a mesma flor cor-de-rosa para o recusar.
Intercalando passado e presente, assistimos à história das gerações das famílias fundadoras de Howbutker. A mestria da escrita da autora permitem-nos saltar entre passado e presente e até a um passado ainda mais longínquo sem ficarmos com aquela sensação de vertigem comum em muitos livros. A sua escrita fluída permite-nos ler a bom ritmo, ansiando sempre pelas próximas peripécias destas famílias.
Em 1916 Mary Toliver é ainda uma jovem quando perde o seu melhor amigo, o pai, e sobre os seus ombros cai a enorme responsabilidade de herdar Somerset, a plantação de algodão que é fruto do suor e sangue dos seus antepassados. A posse da terra que ama afasta-a definitivamente da família, mas irá roubar-lhe também o único homem que será capaz de amar, Percy Warwick.
Mary é uma jovem obstinada que acha que o seu maior dever é para com a plantação pois o pai confiou-lhe a ela a responsabilidade de a manter até chegar a hora de a passar aos seus próprios filhos. Apesar de todos os obstáculos que surgem nunca desiste dela, não até ser tarde demais. Só depois de perder Percy, e mais tarde o seu único filho, Mary se dá conta da maldição que segue a sua família. Ao longo de várias gerações os Toliver foram incapazes de procriar ou de manter as suas crianças, sendo que as mortes ocorriam ora de doença ora sob a forma de trágicos acidentes. Após dolorosas perdas, e já no fim da sua vida, Mary considera que é seu dever afastar a sobrinha-neta Rachel da maldição de Somerset, permitindo-lhe uma vida longa e cheia das crianças que ela própria nunca pudera ter.
Muitas foram as vezes que tive de bater na jovem Mary. Orgulhosa até mais não, não se apercebe que a terra é apenas isso mesmo, uma propriedade. E que as propriedades, como é óbvio, não nos amam de volta. Vive dividida entre o seu amor por Percy e a devoção à herança deixada pelos seus antepassados.
Apaixonei-me por Percy logo após as primeiras linhas. E talvez por isso me tenha irritado tanto a jovem Mary... Percy é um perfeito cavalheiro, fiel aos seus ideais, amigo devoto e fiel aos seus princípios. Apaixonou-se por Mary, a irmã de um dos seus melhores amigos, quando a viu pela primeira vez, ainda no berço. Apesar das muitas cedências que vai fazendo à medida que o seu romance com Mary se desenrola, nunca é o suficiente. Os obstáculos entre os dois parecem crescer ao mesmo ritmo da paixão que os une. Quando Mary decide abdicar de Somerset e ficar com Percy já é tarde demais.
Décadas mais tarde, Mary está às portas da morte e conta levar com ela os seus segredos. Mas antes de partir tem uma última missão a cumprir. Garantir a felicidade da pessoa que mais ama, Rachel. Rachel é uma sósia da sua tia quando jovem: fisicamente e na sua obsessão por Somerset. A sua intenção é afastá-la da terra que lhes suga, literalmente, a vida. Ainda que para isso tenha de a magoar, Mary pretende que Rachel tenha o que lhe foi negado: casar com o homem que ama e ter uma prolífica descendência.
Quando menos se espera surge um segundo romance. Este é, sem dúvida, um livro cheio de surpresas. Apesar da ideia ter sido subtilmente inserida nas primeiras páginas, não estava à espera da intensidade dos sentimentos que surge entre Rachel e Matt. Matt é em tudo um Warwick e não vai desistir de conquistar Rachel. Empenhado em contrariar o destino que separou Mary e o seu avô, de tudo faz para convencer Rachel que o amor que podem viver é muito mais importante que uma terra amaldiçoada.
Com personagens bem desenvolvidas, esta podia ser uma história real. O homem é um ser falível por natureza e por isso, apesar de muitas vezes me ter apetecido gritar com uma ou outra personagem, as suas falhas são compreensíveis. O arrependimento surge, para uns mais tarde do que para outros. As rosas são o símbolo de muitas das reconciliações que vão decorrendo ao longo destas páginas. A lenda das rosas que acompanha todas estas as gerações ensinam-nos o valor do perdão.
Tenho a salientar que esta não é "só" uma história de amor. Fiquei impressionada pelos fortes laços de amizade, sobretudo entre Miles, Ollie e Pierce. Uma amizade que se manteve apesar de todas as adversidades, dando a vida uns pelos outros e que resiste até mesmo quando se apaixonam pela mesma mulher. A amizade e a lealdade entre eles relembram-nos que os verdadeiros amigos estão connosco nos bons mas sobretudo nos maus momentos.
Com um discurso fluido, uma linguagem rica e as belas mas não maçadoras descrições, Leila Meacham transporta-nos para os campos de algodão onde podemos ver as suas bonitas flores, para as ruas de Howbutker com as suas mansões imponentes mas elegantes ou para a singela cabana junto ao rio. Este foi um livro que terminei a contragosto, lamentando cada página que lia pois era mais uma que me aproximava do final.
Citações
"«O amor não é coisa para jovens. Só os velhos têm a sabedoria suficiente para o tratarem bem.»"
Antes de mais quero dizer que este é, para mim, o melhor romance lido este ano. Um livro que me transportou para dentro das suas páginas, para a América dos meados do século XX, onde quase senti o cheiro da chuva e o calor do sol numa plantação de algodão amaldiçoada. Um livro que não li rapidamente mas tão só e apenas porque os melhores livros merecem ser saboreados.
Na década de 1830, Silas Toliver, Jeremy Warwick e Henri DuMont partem para o Texas à procura de fazer a sua própria fortuna, fundando assim os seus prósperos negócios e, consequentemente, a cidade de Howbutker. No futuro, os seus descendentes manterão esses negócios mas também a amizade por eles iniciada juntamente com os compromissos por eles assumidos: nunca emprestarem dinheiro uns aos outros, sob condição alguma. Permanecerá também a lenda das rosas: uma rosa vermelha para pedir perdão, uma rosa branca para conceder perdão e a mesma flor cor-de-rosa para o recusar.
Intercalando passado e presente, assistimos à história das gerações das famílias fundadoras de Howbutker. A mestria da escrita da autora permitem-nos saltar entre passado e presente e até a um passado ainda mais longínquo sem ficarmos com aquela sensação de vertigem comum em muitos livros. A sua escrita fluída permite-nos ler a bom ritmo, ansiando sempre pelas próximas peripécias destas famílias.
Em 1916 Mary Toliver é ainda uma jovem quando perde o seu melhor amigo, o pai, e sobre os seus ombros cai a enorme responsabilidade de herdar Somerset, a plantação de algodão que é fruto do suor e sangue dos seus antepassados. A posse da terra que ama afasta-a definitivamente da família, mas irá roubar-lhe também o único homem que será capaz de amar, Percy Warwick.
Mary é uma jovem obstinada que acha que o seu maior dever é para com a plantação pois o pai confiou-lhe a ela a responsabilidade de a manter até chegar a hora de a passar aos seus próprios filhos. Apesar de todos os obstáculos que surgem nunca desiste dela, não até ser tarde demais. Só depois de perder Percy, e mais tarde o seu único filho, Mary se dá conta da maldição que segue a sua família. Ao longo de várias gerações os Toliver foram incapazes de procriar ou de manter as suas crianças, sendo que as mortes ocorriam ora de doença ora sob a forma de trágicos acidentes. Após dolorosas perdas, e já no fim da sua vida, Mary considera que é seu dever afastar a sobrinha-neta Rachel da maldição de Somerset, permitindo-lhe uma vida longa e cheia das crianças que ela própria nunca pudera ter.
Muitas foram as vezes que tive de bater na jovem Mary. Orgulhosa até mais não, não se apercebe que a terra é apenas isso mesmo, uma propriedade. E que as propriedades, como é óbvio, não nos amam de volta. Vive dividida entre o seu amor por Percy e a devoção à herança deixada pelos seus antepassados.
Apaixonei-me por Percy logo após as primeiras linhas. E talvez por isso me tenha irritado tanto a jovem Mary... Percy é um perfeito cavalheiro, fiel aos seus ideais, amigo devoto e fiel aos seus princípios. Apaixonou-se por Mary, a irmã de um dos seus melhores amigos, quando a viu pela primeira vez, ainda no berço. Apesar das muitas cedências que vai fazendo à medida que o seu romance com Mary se desenrola, nunca é o suficiente. Os obstáculos entre os dois parecem crescer ao mesmo ritmo da paixão que os une. Quando Mary decide abdicar de Somerset e ficar com Percy já é tarde demais.
Décadas mais tarde, Mary está às portas da morte e conta levar com ela os seus segredos. Mas antes de partir tem uma última missão a cumprir. Garantir a felicidade da pessoa que mais ama, Rachel. Rachel é uma sósia da sua tia quando jovem: fisicamente e na sua obsessão por Somerset. A sua intenção é afastá-la da terra que lhes suga, literalmente, a vida. Ainda que para isso tenha de a magoar, Mary pretende que Rachel tenha o que lhe foi negado: casar com o homem que ama e ter uma prolífica descendência.
Quando menos se espera surge um segundo romance. Este é, sem dúvida, um livro cheio de surpresas. Apesar da ideia ter sido subtilmente inserida nas primeiras páginas, não estava à espera da intensidade dos sentimentos que surge entre Rachel e Matt. Matt é em tudo um Warwick e não vai desistir de conquistar Rachel. Empenhado em contrariar o destino que separou Mary e o seu avô, de tudo faz para convencer Rachel que o amor que podem viver é muito mais importante que uma terra amaldiçoada.
Com personagens bem desenvolvidas, esta podia ser uma história real. O homem é um ser falível por natureza e por isso, apesar de muitas vezes me ter apetecido gritar com uma ou outra personagem, as suas falhas são compreensíveis. O arrependimento surge, para uns mais tarde do que para outros. As rosas são o símbolo de muitas das reconciliações que vão decorrendo ao longo destas páginas. A lenda das rosas que acompanha todas estas as gerações ensinam-nos o valor do perdão.
Tenho a salientar que esta não é "só" uma história de amor. Fiquei impressionada pelos fortes laços de amizade, sobretudo entre Miles, Ollie e Pierce. Uma amizade que se manteve apesar de todas as adversidades, dando a vida uns pelos outros e que resiste até mesmo quando se apaixonam pela mesma mulher. A amizade e a lealdade entre eles relembram-nos que os verdadeiros amigos estão connosco nos bons mas sobretudo nos maus momentos.
Com um discurso fluido, uma linguagem rica e as belas mas não maçadoras descrições, Leila Meacham transporta-nos para os campos de algodão onde podemos ver as suas bonitas flores, para as ruas de Howbutker com as suas mansões imponentes mas elegantes ou para a singela cabana junto ao rio. Este foi um livro que terminei a contragosto, lamentando cada página que lia pois era mais uma que me aproximava do final.
Citações
"«O amor não é coisa para jovens. Só os velhos têm a sabedoria suficiente para o tratarem bem.»"
Também amei essa livro *-*
ResponderEliminarEu quero muito este livro...tenho de o comprar.
ResponderEliminarEu quero muito este livro, tenho de ver se o compro :)
ResponderEliminarVais adorar Sandra *-* é mesmo mesmo lindo
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